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Vivendo o amanhã agora



As vezes encaramos o tempo como um inimigo, mas é ele que nos permite usufruir a vida, que nos dá a chance preciosa de crescer e desenvolver nosso corpo, mente e espírito. “Ainda que o nosso tempo por fim se esgotará, que a vida terminará e que as nossas oportunidades se acabarão, mesmo assim terá sido o tempo que permitiu o desenrolar das nossas vidas".

Mas geralmente pensamos ter tempo de sobra, por isso adiamos as coisas "para amanhã" ou o desperdiçamos com pessoas, pensamentos, situações e atitudes improdutivas. "Não seríamos nunca assim tão descuidados ao emprestar nosso dinheiro, especialmente se soubéssemos que jamais o teríamos de volta".
Somos movidos pelo desejo; este nos hipnotiza e nos desequilibra. O desequilíbrio momentâneo pode funcionar como mola propulsora, mas às vezes não reencontramos o caminho do meio, oscilando entre extremos, num exercício de fortalecimento da ansiedade. Muitos de nós não distinguimos com clareza os objetos do nosso prazer, colocando-os cada vez mais distantes. Alguns colecionam dinheiro por hábito. Outros somam projetos e preocupações simplesmente porque não sabem como se divertir. E existem ainda os que edificam sintomas e doenças por nunca saberem estar presentes no exato momento, local e hora em que a vida acontece. Ansiedade, estresse. Coisas "naturais" da civilização moderna.

A antecipação do sofrimento é coisa de "gente civilizada". É imprescindível sofrer por não saber (fruto da ignorância) ou por não conseguir separar-se de alguém ou de alguma coisa - fruto do apego - ante uma situação real. Mas sofrimento criado nos recônditos da nossa mente, pela poderosa ação transformadora de nossos pensamentos negativos é, sem dúvida, estupidez e perda de tempo. Se somos capazes de imaginar a dor e a tristeza, podemos usar nossas "câmeras mentais" para prever cenas de saúde e prosperidade. Somos roteiristas, diretores, iluminadores, maquiadores e protagonistas das histórias que criamos e tornamos reais em nossas vidas. Pois que estas sejam "mentiras úteis" e que nos estimulem para ações produtivas.

Desejamos coisas que ouvimos dizer serem boas ou mesmo ideais para nós; muitas delas julgamos ser inatingíveis, e nos frustramos pela simples idéia de não sermos capazes de conseguir algo que nem ao certo sabemos o que é, ou se realmente se presta às nossas necessidades.

Muita energia é gasta em torno do que não vai dar certo. Generalizamos experiências ruins do passado como as únicas do nosso repertório de lembranças. Eliminamos as coisas boas ou distorcemos os momentos de felicidade associando-os a "coisas terríveis" que vieram depois. Não somos preparados para viver o presente. Você é um bom estudante porque tem de ser um bom profissional... no futuro. Seja bom filho, assim será, futuramente, um marido e pai exemplares. O desejo é sempre colocado adiante - e nós correndo atrás dele - nessa pantomima que aprendemos a encenar como se fosse "vida real". A felicidade está no futuro e este nunca chega, porque sempre é adiado para amanhã.

A prova mais cabal de que a ansiedade não presta pra nada é que ela não contribui minimamente para que consigamos atingir o resultado almejado. Convido-o agora a relembrar um momento da sua vida em que você experimentou um estado de ansiedade; reflita sobre como as coisas se desenrolaram: em algum momento a ansiedade trouxe qualquer tipo de contribuição para que você chegasse ao resultado final desejado? Na verdade, o seu cliente vai assinar -ou não- aquele contrato importante quer você passe o fim de semana jogando tênis, quer fique roendo as unhas.
Pense nisso toda vez que sua âncora de ansiedade disparar.




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