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A Juventude e o Preconceito

Oi pessoas! 
Tudo bem?
Então tá.

Eu sei que eu prometi um texto pra sexta.. Mas a vida anda movimentada, crianças, então, ficou meio complicado. De qualquer maneira, aqui estamos com um texto fresquinho, cheiroso e inédito pra instigar o dia de vocês (não vou dizer animar porque hoje o tema é tenso)!

Então tá.

O negócio hoje é preconceito. Tema manjado, eu sei. Mas senti uma necessidade de falar disso. 

Ah Karol, que tipo de preconceito?

Todos os tipos. Desde aquele que te faz torcer o nariz pra uma menina porque ela anda na rua com um shortinho minúsculo, mesmo sendo gordinha, até aquele que te faz zoar um cara na escola porque desconfia que ele é gay. Vejam bem, pessoas, estamos em 2011. Vocês tem noção do que significa para a nossa geração ser aquela que representa a juventude nesse início de século XXI? Duvido que alguma época na história tenha representado uma revolução tão intensa quanto a em que vivemos.

Há quinze anos não tínhamos o acesso à Internet que temos hoje. Não tínhamos orkut, facebook, msn e quase nenhum blog. Há dez anos sabíamos das notícias no jornal nacional e pronto. Há quinze anos não tínhamos um celular com tanta facilidade. Há quinze anos televisão era só a Globo. Nossos amigos eram da escola e não da Internet e se você quisesse mandar um SMS ia ficar querendo...

E mesmo assim, com todos os meios de comunicação, a juventude continua sendo tão ignorante quanto no início do século. Claro, não é apenas a juventude - tem gente ignorante em todas as faixas etárias - mas o problema é o nível de esperança que o mundo tem na juventude, ou seja, em nós. A responsabilidade do nosso futuro está nas nossas próprias mãos e quando temos a oportunidade de nos mostrarmos maduros e tolerantes, damos exemplos ridículos de estupidez ou infantilidade.

Por que eu estou falando isso?

Por que deu vontade. E também porque saiu uma notícia hoje sobre um jogador de vôlei homossexual que foi hostilizado pela torcida. A gente não tem a verdadeira noção de como as pessoas podem ser preconceituosas até ver um estádio todo gritando absurdos pra um cara por causa de sua opção sexual. Sério. Peguei um exemplo aqui, não o do jogador mas um mais grave. Deem uma olhada:

"Houve mais um ataque contra homossexuais na região da Avenida Paulista. Câmeras de segurança registraram o momento em que as vítimas foram agredidas violentamente por um homem, na madrugada de domingo (5). Nos últimos meses, foram pelo menos seis ataques como este na região."
G1, 09/12/2010.

Agora me digam: o que esses caras tem a ver com o fato de o outro ser gay? Que direito eles tem de agredir alguém só por causa disso?

E não apenas homossexuais. Essa é apenas a ponta do Iceberg. O bicho pega também quando se fala de negros, obesos, nordestinos, pobres... 

Vocês já ouviram falar de Mayara Petruso? Não? Bem, pra quem não conhece a moçoila, seguem algumas de suas pregações via Twitter e Facebook:

"Nordestino não é gente. Faça um favor a SP e mate um nordestino afogado." 
"Afunda Brasil. Deem o direito de voto para os nordestinos e afundem o país de quem trabalha pra sustentar os vagabundos que fazem filhos para ganhar a bolsa 171."

A menina que falou isso é de classe média-alta, mora na zona oeste de SP  e estuda na FMU, uma faculdade bem conceituada. Agora me digam: o que faz essa menina pensar que é melhor que qualquer pessoa que veio do nordeste? É por que ela tem dinheiro? Ou porque ela mora em Pinheiros? Ou porque estuda na FMU? Claro isso não quer dizer muita coisa. Conheço pessoas ótimas que também tem essas características (classe média, zona oeste, FMU). O ponto aqui é que Mayara representa um problema que jamais deveria existir. Somos todos filhos da mesma terra, do mesmo chão. Gays, negros, paulistanos, nordestinos, homens, mulheres... Somos todos iguais.

O preconceito nos faz julgar as pessoas por características que não demonstram quem elas realmente são: cada ser humano é único, independente de suas características físicas, naturalidade ou opção sexual.

Antes de terminar esse enorme e polêmico post, tenho mais um caso pra relatar:

"Um grupo de alunos da Universidade Estadual Paulista, uma das mais importantes do país, organizou uma "competição", batizada de "Rodeio das Gordas", cujo objetivo era agarrar suas colegas, de preferências as obesas, e tentar simular um rodeio --ficando o maior tempo possível sobre a presa."
Folha de SP, 27/10/2010

Mais uma vez jovens e mais uma vez universitários. Qual o problema conosco? Qual o problema com essa juventude que tem tudo pra ser legal, cabeça aberta, inteligente e prefere tratar os outros como se fossem lixo?

Não somos todos assim e essa é a esperança: a capacidade de outra parcela da juventude de se revoltar e lutar contra esse tipo de coisa. Enquanto algumas pessoas ainda tiverem essa capacidade, nem tudo estará perdido.


2 comentários:

Marcinha disse...

É isso aí Karol!!
Preconceito é coisa de gente sem Deus no coração!
Amei seu texto.
beijocas

Lorrayne Cardoso disse...

Mano vc é incrível, escreve muito bem.
Amei seu texto espero que alguém que realmente seja cabeça fechada o leia e consiga tirar esse venda dos olhos, e der ser capaz de enxergar o mundo direito.

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